Adoração
é um ato voluntário, espontâneo, a mais viva expressão do nosso amor a Aquele
que primeiro nos amou, e nos tornou novamente filhos da Justiça (Sl. 29.2; Rm. 8.14,15).
A
adoração pode ser expressa de várias formas, dentre elas pelos cânticos (Sl. 92), pela proclamação da palavra (Sl. 57.9), pela oração ou intercessão
(vários Salmos são orações e expressões magnificas de louvor: como o Salmo 77, no Novo Testamento, podemos citar
a passagem de Atos 16.25). Já que ao contrário do que muitos pensam adorar
não é simplesmente cantar louvores, mas é um ato mais profundo, que exige rendição,
amor e entrega integral, atitude de uma vida que busca ansiosamente um profundo
relacionamento com Deus, não se limitando a meros rituais (Os. 6.6; Is. 55.6-9).
Mas
apesar de ser um ato voluntário, não é uma opção para os servos do Reino, já
que somos comissionados a expressar a
glória de Deus. Isso implica expressão pública. E tal expressão não se dará
apenas de forma internalizada, mas notória pelos nossos atos de louvor. Pois o
que comunicamos de modo visível ao mundo é uma imagem exata da fé sobre a qual
estamos fundamentados (vejamos às
belíssimas palavras de Paulo aos Coríntios em sua segunda carta Cap. 4 vers.
7-15 e do próprio Mestre em Mt. 5.16).
Portanto,
a expressão pública se torna um convite para aqueles que estão fora da
celebração, para que se unam a festa, “a grande comissão” de Cristo, Jesus.
A
grande comissão é uma poderosa proclamação da glória de Deus, pois trás consigo
as boas novas do Reino inaugurado por Jesus. Nela há atos preparatórios para a
grande união (2 Ts. 2.1-3),
celebração do encontro da noiva, a igreja, com o noivo, Jesus Cristo, em seu
estado glorificado (Ap. 22.9-11).
Expressar
louvor a Deus é um testemunho vivo, alegre e vibrante, que ao se tornar público,
sobre a direção do Espírito Santo é contagiante, pois retrata a sobra de um
encontro incomparável no futuro, mas que se manifesta já no presente.
Pois,
apesar de ser verdade que a plenitude do Reino está por vir, temos que a mensagem do Reino já se faz
presente hoje (Mt. 11.12),
através do ministério do Espírito Santo, que se manifestou com toda intensidade
em pentecostes (Atos Cap. 2), para
que sintamos um “gostinho” do por vir nesta terra (ver: 1CO. 13.9,10). Trazendo com a expressão da adoração um pedaço
do céu para terra, a ponto de mudar o meu “eu” e atingir os que estão a minha
volta.
Afinal,
Jesus disse que o Reino dos Céus é semelhante a uma pequena semente de
mostarda, que crescendo se torna uma grande arvore, atraindo toda espécie de
pássaros que se aninham sobre sua sombra.
De
igual modo, cada expressão pública de louvor é uma semente que lançamos ao
mundo, para que crescendo nos corações dos celebrantes, possam e passem a
atrair novos convidados a celebrarem o DEUS
TRINO: amor do Pai, pelo testemunho do Espírito Santo, aos atos do Filho.
Por
isso não podemos calar quanto ao testemunho da Palavra, e nem deixar de viver
uma fé expressiva, de conotação pública em forma de louvor e adoração constante.
Haja vista que viver uma fé exclusivamente internalizada, além de egoísmo e
individualismo, não serve para o Reino, pois segrega do “próximo” o privilégio
de ouvir e contemplar a manifestação da glória de Deus, através da vida de seus
filhos.
Porque
a final para que serve a luz senão para brilhar? O que seria a lua sem o sol?
Já que a lua não reflete seu próprio brilho, mas toma emprestado do sol, que
lhe presenteia com grande beleza.
Assim,
devemos expressar ao mundo a beleza
do reflexo da glória de Deus em nossas vidas, e a adoração pública, que considero tanto o compartilhar da palavra,
como a expressão mais viva de louvor diante dos cânticos, além de ofertar
orações aos que estão a nossa volta, irmãos de fé ou não.
Desta forma semearemos ao próximo a oportunidade
de que ele mesmo venha a irradiar para o mundo a contagiante e maravilhosa
graça do Senhor compartilhado pelos verdadeiros adoradores (Jo. 4.23,24), que não temem expressar, testemunhar, a glória do
Senhor ao mundo.
SÓ A DEUS SEJA A GLÓRIA!
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